quinta-feira, 18 de abril de 2013

EDITORIAL 17/04/2013 - PROTESTO PELO FIM DO PEDÁGIO



Ontem foi o dia de mais um protesto contra o pedágio que se localiza entre Farroupilha e Caxias do Sul. Como se sabe, em que pese Tarso Genro ter dito que não renovaria os contratos, colocando um ponto final no sistema de concessões, a justiça entendeu que a cobrança deve ser feita até o fim do ano. O clima dos que protestavam era de fim de festa.

Todos sabemos que o modelo implantado, principalmente no polo de Farroupilha, é um acinte para os muitos que trafegam entre os dois principais municípios afetados. O preço é caro, o local é injusto e o serviço está aquém do que poderia ser feito. Tudo isso é verdade. Mas é preciso analisar aquilo que se propõe a substituir o que temos ai. Um modelo controlado pelo governo do RS, gerenciado diretamente com a criação de uma nova estatal.

É ilusório achar que o governo do estado, que mantém suas rodovias em estado paupérrimo de conservação, vá conseguir recursos para investir nessas que agora ele receberá da iniciativa privada. Também é ilusório achar que um elefante branco, a EGR, criado para esvaziar outro, o DAER, conseguirá atender os municípios da forma como se espera. Por acaso a Corsan, uma estatal, atende bem?

O discurso dominante é viciado por tagarelices de burocratas. O ideal, no caso das rodovias estaduais, seria aguardar o fim dos atuais contratos e fazer um amplo processo de novas concessões privadas, com contratos melhores e mais bem estipulados para os utilizadores das rodoviais. Se o modelo privado que esta ai não funciona, que seja revisto e aprimorado. O que não dá é achar que a intervenção divina do estado vá sanar tudo. Como diria Ronald Reagan, o estado não é a solução, o estado é o problema.

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