Notícia veiculada no portal G1 e divulgada ontem no Tarde Sonora, da conta de que, no Paraná, uma professora foi demitida das duas escolas em que trabalhava e sofrerá investigação pelo Ministério Público por ameaçar um aluno bagunceiro de colar uma fita adesiva em sua boca. Pode-se questionar se a medida surtiria a efeito, mas é inegável que a perseguição a professora, apenas por ela impor algum tipo de ordem dentro da sala de aula, mostra que a hierarquia de valores no país, passando fundamentalmente pelo respeito a autoridade, está falida.
Quase que diariamente vemos professores e diretores sendo desrespeitados e agredidos nas escolas do país. Tempos atrás um aluno incendiou os cabelos de sua professora. Em outro caso lamentável, um aluno esbofeteou a diretora que cobrava o que ele fazia fora da sala de aula. Esse é o Brasil. Diante desses casos que mostram o caos do ensino público e o consequente clima de terrores que mestres de todas as escolas precisam enfrentar em seus locais de trabalho, temos a omissão e, em certos casos, até a complacência daqueles que deveriam dar suporte para aqueles cuja tarefa é ensinar.
Há uma crise de autoridade no país. A pedagogia do tudo pode está criando gerações de fedelhos violentos, incontroláveis, que desconhecem os limites e pouco ou nada se importam com a ordem. Esses anjinhos, moldados em clima de liberdade absoluta, saem das escolas não prontos para uma vida social civilizada, mas sim devidamente preparados para praticarem, enquanto adultos, os mesmos atos de vandalismo que já podiam cometer quando não tinham barba na cara.
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