sexta-feira, 5 de abril de 2013

EDITORIAL - TUNGADAS NA POUPANÇA

A captação da poupança, em Março, foi recorde. 5,9 bilhões de reais. A poupança é um fenômeno típico de países onde o cidadão guarda dinheiro imaginando alguma emergência ou algum investimento futuro. Poupar é próprio de quem quem tem algum planejamento financeiro. A poupança brasileira sempre foi baixa, principalmente pelos ganhos módicos da maioria da população. É quase impossível poupar quando as despesas fixas, pelos mais variados fatores, acabaram sufocando o orçamento doméstico. O baixa quantidade de desemprego permite que, com um mercado maior, as pessoas possam guardar dinheiro para gasta-lo futuramente ou apenas para manter uma salvaguarda financeira em caso de imprevistos.

Qualquer país sério não brinca com poupança. O Brasil, por não ter alcançado esse patamar, ainda faz dela um saco de gatos, pouco ou nada atrativo. No passado os brasileiros poupadores se depararam com o confisco de seus valores depositados, tudo para salvar o estado incompetente de seus gastos e suas políticas econômicas equivocadas. Mais recentemente, o Governo resolveu tungar novamente a poupança, vinculando os rendimentos da aplicação com a Taxa Selic, de modo que quanto menor a taxa, menor a rentabilidade daquilo que foi poupado. Tudo para estimular o consumo descontrolado e artificial, numa vã tentativa do governo de aumentar o crescimento do PIB.

Quando será permitido que os brasileiros poupem sem ter o estado gastão a lhes tomar as aplicações ou lhes estimular o gasto irresponsável, que leva ao endividamento. Aos poucos, quando o Brasileiro parece adquirir algum tipo educação financeira, advinda não de educadores estatais, mas do próprio fato de que poupar é preciso, vem alguém para empurrar para o lado contrário. Esse alguém é o irresponsável de sempre: o estado.

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