O debate realizado dentro do Congresso, referente a MP do Portos, escancarou, novamente, um fato consumado. A carência absurda que o país tem de mais infraestrutura. Com um litoral de mais de 8 mil quilômetros é absolutamente necessário uma profusão no número dessas estruturas para permitir o escoamento da produção brasileira. Exportar é preciso, e não há melhor forma de fazer isso do que pelo mar. Não há, entretanto, possibilidade de o governo dar conta do recado. É preciso da iniciativa privada para alocar os recursos necessários para o cumprimento desses objetivos econômicos.
Infelizmente, a mentalidade estatólatra, que continua a permear a sociedade e principalmente o governo, não permitiu que essa medida tivesse sido implementada anteriormente. O debate para sua aprovação em definitivo se deu no fim da validade de sua votação. O Brasil produtivo não pode esperar tanto. É preciso mais celeridade se querermos competir no mercado internacional, aumentando nossa participação no comércio mundial.
A presença da eficiência da iniciativa privada precisa permear a infraestrutura brasileira. Não só nos portos. É preciso acelerar o processo de privatização de aeroportos, ferrovias e estradas. O Estado não tem dinheiro nem a competência para realizar os projetos que são fundamentais para o desenvolvimento do país. A MP dos portos, em que pese falhas eventuais ou dúvidas a respeito de alguns de seus pontos, é uma medida importante para o Brasil. Que seja um de muitos passamos que vamos tomar rumo ao saneamento dos gargalos nacionais.
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